segunda-feira, 8 de abril de 2013
The Cure mantem a energia por mais de três horas em São Paulo
Os cerca de 10 minutos de atraso do show do The Cure em São Paulo na noite deste sábado mal foram percebidos pelos fãs. O fato é que muitos deles já esperavam há horas enquanto as duas bandas de abertura - Herod Layne e LAUTMUSIK - se apresentavam.
Com ares de mini-festival - não só pelas bandas, mas também pela estrutura montada na Arena Anhembi pela XYZ - o show do Cure foi longo mas incrivelmente não resultou cansativo. Para os fãs mais ardorosos, obviamente, nem poderia ser. Mas mesmo aqueles que foram para ouvir os hits não pareciam entediados ao final das 3h15 de duração da apresentação dos ingleses.
Com um palco bem iluminado e muita fumaça, o show iniciou com "Open" e com as pistas - normal e premium - lotadas. Com aparência um pouco cansada - talvez fruto da idade misturada à maquiagem pesada - mas com um pique que se manteve em alta durante toda a apresentação, o vocalista Robert Smith conseguiu arrancar gritos e assovios da plateia mesmo não sendo um cara muito carismático. Duas ou três tentativas de dancinhas desengonçadas ao longo de todo o show foram o suficiente para que os fãs se agitassem aos gritos e palmas.
Ainda que Robert Smith e sua competente banda tenham sido primorosos e impecáveis, o show teve seus altos e baixos. Os momentos mais rock n' roll, por exemplo, quando Smith ou o guitarrista Reeves Gabrels ensaiavam solos e distorções, eram recebidos de forma um tanto apática pela maioria dos presentes. Quando a corda da guitarra de Smith arrebentou quase ninguém notou. Já as canções mais dançantes - com Roger O'Donnell (teclados) e Simon Gallup (baixo) fazendo um belo trabalho - ecoavam de forma mais animada e contagiante pela Arena Anhembi.
Econômico com as palavras, Robert Smith se dirigiu uma ou outra vez ao público. O primeiro obrigado só veio depois de uma hora de show, um pouco antes da banda tocar "Play for Today" - bem depois de o público ter se descabelado com "Push", "Just Like Heaven" e "In Between Days".
O repertório bem planejado, intercalou 'hits' e canções menos conhecidas. "Close to Me" e "Boys don't Cry" transportaram os fãs na faixa dos 40 anos de volta à adolescência - com direito a dancinhas da época. "Lullaby", "Mint Car", "Let's Go to Bed", "10:15 Saturday Night", "Why can't I be you", "Friday I'm in Love", "Doing the Unstuck" e "The Lovecats" foram algumas das outras mais de 40 músicas apresentadas. Em sua terceira passagem pelo País, o The Cure fez um show enérgico e provou que ainda tem seu lugar garantido na música pop.
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