Em entrevista exclusiva para o site Ultimo Volume, a banda paulistana Ludov, fala sobre seus 10 anos de carreia, sobre sonhos e expectativas para o futuro, e sobre seus show na virada cultural.

 1-De 10 anos de banda pra cá o que mudou na banda?

R: Ao longo de 10 anos, nós tivemos a oportunidade de tocar com diversos músicos, alguns deles acompanharam o Ludov am vários shows, como o Bruno Serroni e o Hurso Ambrifi. Esse intercambio só favoreceu o Ludov e fez com que eliminássemos qualquer rótulo que a banda pudesse vir a ter. Hoje podemos compor músicas de estilos diferentes sem nos preocupar se tem o estilo do Ludov ou não. Mas o espírito de família que sempre acompanhou o Ludov continua lá!

2-Uma banda nacional e outra gringa que a banda gosta como um consenso?

R: Consenso é difícil, mas gostamos muito de Cranberries, Wilco, Beatles, claro! Das bandas brasileiras gostamos de Vanguart, o disco do Pélico é muito bom, mas tem muita coisa boa hoje e fica difícil eleger um só nome.

 3-Qual foi o lugar mais espetacular que vocês já tocaram e a maior furada?

R: Tocamos em grandes festivais, como o Festival de Verão em Salvador, O Rec Beat em Recife e o Lollapalooza! Esses são sempre emocionantes por tudo q envolve o show, como a viagem, o camarim com as outras bandas e é claro o show em sí. Mas também tivemos shows memoráveis em lugares pequenos. Todas as vezes que tocamos em São Luis do Maranhão é uma emoção, em Natal também! Já as roubadas diminuíram ao longo dos anos. Hoje sabemos escolher melhor! Mas tocamos uma vez em Leme/SP com o Los Hermanos e no nosso show, o equipamento de som quebrou e viramos nossos monitores para a plateia. Apesar de não nos ouvirmos bem, o show foi incrível.

 4-Vocês já pensaram em desistir?

R: Não. Já tivemos alguns anos com poucos shows, pois cada integrantes estava se dedicando a outros projetos, mas nunca pensamos em desistir.

 5-Qual foi o momento mais difícil da banda?

R: Nunca passamos por nenhum momento muito difícil. Temos uma energia dentro do Ludov que faz com que vejamos os problemas como uma oportunidade. Como comentei já tivemos anos com muito pouco show, mas isso só trouxe mais vontade de tocar. E no ano seguinte tivemos muitas datas e shows excelentes.

6-Vocês tem projetos paralelos?Quais?

R: Sim, todos na banda tem projetos paralelos. Eu (Chapolin) toco com minha outra banda “Seychelles”. O Mauro toca com a Miranda Kassim e tem um projeto solo, com um disco incrível chamado “Bom Retiro”. O Habacuque toca com a Lulina e também tocou com o Pullovers. A Vanessa está começando a produção do disco solo dela. O Hurso toca num trio instrumental chamado “Três Cruzeiros”. Além disso sempre estamos gravando discos com bandas amigas.

 7-Quais serão os próximos passos daqui pra frente?

R: De 2011 até 2013 lançamos 3 EPs para comemorar os 10 anos do Ludov. E agora, ainda esse ano, iremos lançar um novo disco completo. Estamos nesse momento gravando esse disco. Depois dp lançamento a idéia é tocar o máximo possível, em todos os lugares que nos convidarem.

 8-Expectativas para a Virada Cultural?

R: A Virada Cultural é sempre uma ótima experiência. Nunca tocamos em Mogi das Cruzes e temos certeza que será muito divertido. Temos muitos fãs que já confirmaram a presença nesse show e já estamos bem empolgados para essa virada cultural.

 9-Qual artista ou banda vocês sonham em grava algo ou fazer um show?

R: Eu particularmente gostaria de tocar com Cake, ou o Wilco. Mas também no Brasil gostaríamos de fazer um som com o Caetano ou com o Lenine, sei lá, tem tanta gente interessante produzindo hoje, né?

 10-O que os fãs podem esperar do Ludov amadurecido?

R: O Ludov tem a mesma essência, acho que o amadurecimento nos trouxe mesmo é uma calma necessária para que as músicas sejam bem pensadas. Que a gravação seja cada vez mais minuciosa e consequentemente discos mais conceituais. Estamos muito dispostos a experimentar nas canções e talvez esse próximo disco traga esse experimentalismo.